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Dupla e Tripla Checagem da Prescrição

A dupla e a tripla checagem são práticas de segurança recomendadas no processo de prescrição, preparo e administração de medicamentos, com o objetivo de reduzir erros e danos ao paciente no ambiente hospitalar. Essas estratégias integram ações de prevenção previstas pelo Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP), do Ministério da Saúde, e estão alinhadas com a Meta Internacional de Segurança do Paciente nº 3: "Melhorar a segurança na prescrição e no uso de medicamentos".

O que é a Dupla Checagem (Double Check)?

A dupla checagem consiste na verificação independente de informações críticas por dois profissionais habilitados (normalmente técnico de enfermagem e enfermeiro), especialmente quando se trata de medicamentos de alta vigilância (MAV) ou em situações de alto risco. O objetivo é detectar possíveis erros antes que o medicamento seja administrado ao paciente.

Durante a dupla checagem e tripla checagem, os profissionais devem confirmar:

  • Nome do paciente correto
  • Medicamento correto
  • Hora correta
  • Dose prescrita correta
  • Via de administração correta
  • Registro correto
  • Orientação correta
  • Forma correta
  • Resposta correta

O que é a Tripla Checagem?

A tripla checagem é um procedimento mais rigoroso que envolve a conferência do medicamento por três profissionais distintos, geralmente incluindo um profissional farmacêutico clínico ou médico que prescreveu ou plantonista na etapa final. Cada um realiza sua verificação de forma independente e sequencial, assegurando que não haja erros em nenhuma fase do processo.

Ela costuma ocorrer da seguinte forma:

  • 1ª checagem: realizada por quem retira o medicamento da farmácia (técnico de enfermagem);
  • 2ª checagem: feita pelo enfermeiro da unidade durante o preparo junto com o técnico de enfermagem;
  • 3ª checagem: realizada por um terceiro profissional médico responsável pela prescrição/plantonista — e/ou o farmacêutico clínico — antes da administração no paciente (A terceira checagem nao necessariamente é realizada após o preparo da medicação, o IDEAL é que o terceiro profissional esteja na participação do preparo do medicamento).

Essa prática fortalece a cultura de segurança e reduz a ocorrência de erros de medicação. Respeita as normas legais estabelecidas pelos Conselhos de classe e observa as metas internacionais de segurança do paciente nº 1, 2 e 3.

Indicações prioritárias:

  • Administração de medicamentos de alta vigilância (MAV) (ex: insulina, heparina, quimioterápicos, opioides)
  • Medicamentos por bomba de infusão
  • Preparos intravenosos complexos, paraenterais, incluindo Nutrição paraenteral (exclusiva do enfermeiro)
  • Populações vulneráveis (neonatos, pediatria, UTI)

Bibliografia:

  • BRASIL. Ministério da Saúde. Programa Nacional de Segurança do Paciente – Portaria MS/GM nº 529, de 1º de abril de 2013.
  • ANVISA. Protocolo de Segurança na Prescrição, Uso e Administração de Medicamentos. 2013.
  • ISMP Brasil. Instituto para Práticas Seguras no Uso de Medicamentos.
  • Organização Mundial da Saúde. WHO Patient Safety.